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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: https://sigaa.ufpe.br/sigaa/public/docente/portal.jsf?siape=1050854

 

FLAVIANO MACIEL VIEIRA
(BRASIL – PARAÍBA)

Possui graduação em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (2005), mestrado em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (2012) e doutorado em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (2017). Atualmente é pesquisador da Universidade Federal da Paraíba e professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Poesia e intermídia.

Informações coletadas do Lattes em 02/08/2024

Tem participações nas publicações: A Linguagem da Poesia (2012- Editor Universitária da UFPB). Epifania da Poesia -
Ensaios sobre haicais de Saulo Mendonça
(2012 – Editora Ideia) e Turbilhões do tempo: notas e anotações sobre poesia digital (10115- Editora Ideia), organizada por Amador Ribeiro Neto.
 

 

DANIEL, Claudio.  NOVAS VOZES DA POESIA
BRASILEIRA. Uma antologia crítica.   
Capa: Thiti
Johnson.  Cajazeiras:  Arribação, 258 p.  
ISBN 978-85-6036-3333365-6

                  Exemplar biblioteca de Antonio Miranda

 

FASCES AO SOL

o segredo estampado na face
vem da palavra

o estado rasgado da matéria
vem da palavra

a desculpa sem culpa da noite
vem da palavra

e a carne apodrecida de asco
vem da palavra

se não vem da prole grotesca do desbrio
a cor escondida da morte
nem a flor entristecida e sem sorte
vem da palavra

apenas a face enrugada do sol
queimando em larvas a cadela enviesada de cio
num sorriso taciturno de pedra
vem da palavra
e não a razão imediata do frio
evaporada em substâncias de vil messianismo
decompostas no odor tácito das estalactites

e assim com as marcas do verbo cravando o vazio
finaliza-se a tertúlia do tempo



CICLOS

escrever oroboro fecundo de cauda
rever o rever escapar do espelho
regresso na dobra do olho que volta
do ido centelho

a ida do ido do tipo eco em grito
nirvana que influi e conflui circulado
de ré codifico comigo consigo
comigo elevado

retorno da aurora no fim começou
a cauda e a boca em lastro cerrado
em dobra do broto dobrado voltou
retorno em frente
expiro inspirado

se entra no rumo a cauda cercada
de voltas no prumo do vir que está indo
da parte do todo imperfeito mesclada
degraus devorados
viver insistindo

do ido centelho
visão do destino
regresso na dobra do olho que volta
rever o rever escapar do espelho
escrever oroboro fecundo de cauda



COSMO-RADÍCULA

pego o papel          e animo            [vivaz]
busco as musas      de arrimo  [atrás   ]

pro edifício             que eu limo      [capaz  ]
 cursos e curvas       de um mimo [sagaz  ]

curo em compasso   oprimo            [tenaz  ]
 tons que afim           num racimo[apraz  ]

versos talhando
        que imprimo
  [sequaz]
busca e mistério       de frimo[em paz]

cartas marcadas        íntimo            
[meu ás]
cosmo e critério         esparrimo       [audaz  ]

          
     
*
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Página publicada em setembro de 2024


 

 

 
 
 
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